A tecnologia já nos permite cuidar da saúde e fazer exercícios sem sair de casa. Confira as nossas dicas e inspire-se!
Fazer exercícios físicos em casa tornou-se prática comum nos últimos meses por conta das medidas de combate à COVID-19. Mas para muitas pessoas não foi nada fácil e elas tiveram que se adaptar ao novo formato. Foi o caso da designer gráfica e ilustradora Mariana Eller Caetano, que trabalha em casa. Acostumada com a academia e adepta da musculação e de exercícios funcionais, ela teve que mudar completamente a rotinada atividade física.
“Tenho um histórico familiar de problemas graves de coluna e desde pequena ia a médicos e fisioterapeutas. Sempre tive medo de ficar como o meu pai, com muitas dores e faço musculação desde 2009. E saía para caminhar na rua também.”
Ela conta que no começo da quarentena não foi fácil: “Fiquei paralisada de medo. Mas bem no início de março (2020) comprei um kit de halteres, elástico e um colchonete para fazer exercícios, já que estava achando que não seria mais seguro ir à academia e nem correr pela rua.”
Disciplina
Mariana relata que pediu auxílio ao seu professor, que lhe passou os exercícios por vídeo, por meio do WhatsApp.
“O professor montou um grupo com toda a turma de alunos e enviava exercícios diariamente.” Mariana já estava acostumada a usar equipamentos simples (elásticos, colchonetes), e não passou por uma mudança drástica. Mas confessa que sentiu falta de alguém ‘ao seu lado’. “Teve vezes que enviava um vídeo para o professor e ele me corrigia.”
Mariana continua fazendo exercícios da mesma forma. “Tenho vontade de voltar à academia, mas por enquanto não sinto segurança. Acho que ficou fácil fazer em casa, não tem o tempo perdido de deslocamento; em 40 minutos faço tudo e estou livre para fazer outras coisas.”
A disciplina foi importante para a designer manter a rotina de exercícios. “Até sentia preguiça, especialmente em dias chuvosos, quando dá vontade de ver um filme no Netflix ao invés de fazer exercícios. Mas a sensação de dever cumprido é muito boa.”
Carolina Capalbo, auxiliar administrativa, também sentiu, no começo, falta das aulas presenciais de pilates. Ela optou por pagar o serviço de um aplicativo de plataforma de diversos exercícios e desde março conta que conseguiu emagrecer 12 quilos. “Decidi que iria levar a sério e também consultei uma nutricionista online. Hoje até prefiro o serviço, é bem completo e tem uma orientação muito boa dos profissionais. E estou usando roupas que não usava faz tempo”, comemora. “No começo eu sentia falta de andar de bicicleta, e ainda sinto. Mas não quero deixar os exercícios nunca mais.”
A importância do profissional
Se exercitar por conta própria pode ser arriscado – e perigoso – sem o acompanhamento de profissionais qualificados. E eles também tiveram de se adequar aos tempos de pandemia. É o que relata a fisioterapeuta com pós-graduação em ergonomia Keith Pereira, que teve de lidar com os pacientes remotos. “No início as condições (da pandemia) acabaram levando à ociosidade, estresse e hábitos nada saudáveis. Mas o trabalho, o lazer e o acolhimento foram todos voltados aos lares, e não poderia ser diferente em relação aos exercícios. Eles foram de suma importância para manter o bem-estar físico e psicológico de quem estava em casa.”
Para a fisioterapeuta foi preciso apurar o olhar. “O fisioterapeuta trabalha no tratamento e na prevenção de doenças e lesões, empregando técnicas para desenvolver a capacidade física e funcional do paciente. Avaliamos o quadro sempre com embasamento científico, mas não podíamos ter o contato físico, o toque que a fisioterapia tanto requer. O olhar ficou mais preciso, mais apurado na questão holística.”
Para Keith a aceitação dos pacientes foi muito importante. “Entrar na casa das pessoas com as suas rotinas, ouvi-las, entender as suas necessidades. Esse enfrentamento foi difícil em um primeiro momento. Mas o saldo foi positivo, pois fez o fisioterapeuta sair da sua zona de conforto. Assim, quando voltarmos à nossa rotina de antes, levaremos essa lição, a de que dá para manter um trabalho de qualidade e humanidade.”
Algumas questões, de acordo com a fisioterapeuta, foram desafiadoras. “Foi preciso usar o bom senso, a criatividade, e relacionar as técnicas que o profissional traz em sua bagagem. A gente usou tudo o que a pessoa tem em casa: garrafa pet com água, fazendo as vezes de pesinhos, quilos de alimentos enlatados e ensacados como halteres, pregadores, elásticos, brinquedos.”
A otimização do tempo, na opinião de Keith, foi um ponto positivo. “Ninguém precisou pegar trânsito, enfrentar transporte público. O sistema online possibilitou que as pessoas se mantivessem protegidas e com saúde dentro de seus lares.”
E conclui: “Sempre digo aos meus pacientes que a motivação tem que vir de dentro da gente. É o nosso comprometimento. Da mesma forma que você planeja almoçar, trabalhar, você deve se planejar para se exercitar. E fazer um exercício que goste. Além disso a serenidade, boas noites de sono, boa alimentação, hidratação, a autoconfiança e a religião, seja ela qual for, ajudam a manter a saúde física e psicológica.”
Aplicativos para Exercitar-se:
Gym Pass
Plataforma com aulas ao vivo e sessões virtuais com profissionais.
Nike Training Club
Diversos tipos de treinos gratuitos para pessoas com diferentes tipos de condicionamento físico.
Adidas Training
Planos individuais gratuitos e pagos. Treinos personalizados dependendo do seu objetivo.
Vida Saudável Tokio Marine
Oferece videoconsulta com os nutricionistas e personal trainer. Programa alimentar e de exercícios personalizado de acordo com o seu objetivo. Serviço exclusivo para Segurados do Vida Individual. Faça uma simulação aqui.
Exercícios de Alongamento
Para quem deseja aumentar a flexibilidade do corpo.
Down Dog
Aplicativo de yoga pago. Atividades guiadas por vídeos explicativos com vários tipos de yoga.