Além de ser uma atividade divertida a prática é excelente para ajudar a perder peso, melhorar a coordenação motora, fortalecer músculos das pernas e glúteos, entre outros benefícios. Veja o que você precisa para começar:
Para quem pulava corda na infância a atividade remete à diversão. E pular corda pode mesmo ser divertido, mas deixou de ser somente brincadeira de criança e hoje é possível encontrar aulas completas dedicadas à atividade nas academias e em plataformas online.
De acordo com o coordenador de ortopedia do Hospital Santa Catarina (SP), dr. Emerson Garms, pular corda é uma atividade complementar recorrente em vários tipos de esporte, como basquete, boxe e vôlei, entre outros.
“Pular corda frequentemente melhora a capacidade aeróbica e fortalece principalmente a musculatura dos membros inferiores”, lembra o médico.
O coordenador do departamento de ginástica da Academia Competition Unidade Paulista, Marcio Trivelato, explica que o exercício também trabalha ombros, antebraço, bíceps, tríceps, dorsais e exige muito do core (abdominais, lombar e quadril). Mas a musculatura mais trabalhada é dos gastrocnemios e sóleo (panturrilhas), isquiotibiais[1] e glúteos.
Sem falar nas calorias perdidas! Pular corda é um exercício de intenso gasto energético. “O gasto calórico vai depender da intensidade do exercício, peso corporal, sexo e tempo da atividade. Mas se pensarmos em 30 minutos com uma intensidade moderada podemos ter um gasto de aproximadamente 300 calorias”, acredita Trivelato.
Quem Pode Fazer?
“Como é uma atividade de alto impacto, deve ser iniciada com cautela e de forma gradativa, pois pode acarretar dores articulares, principalmente nos joelhos.
Pessoas com sobrepeso devem optar inicialmente por atividades mais leves e, posteriormente, iniciar o trabalho de pular cordas. Mas não existe um limite de idade, desde que a pessoa seja saudável”, alerta o dr. Garms.
Trivelato concorda. “Qualquer pessoa apta do ponto de vista médico pode pular corda, mas pessoas acima do peso, grávidas e pessoas com problemas de articulações devem evitar realizar a atividade.”
De qualquer forma é importante, em qualquer atividade, a orientação do profissional de educação física. No caso do treino da corda, este profissional irá avaliar a técnica usada e corrigir possíveis falhas, que podem trazer futuras lesões.
Ele também pode ajudar a melhorar a performance, de acordo com Trivelato. “O profissional organiza um cronograma de treinos e pode complementar com exercícios específicos.”
Para começar:
É importante ser bem orientado e sempre começar com moderação e pouca intensidade. Conforme for ganhando condicionamento pode-se ir aumentando a intensidade dos treinos. “Cuidar da alimentação e descanso apropriado fazem parte do conjunto para um bom resultado, não apenas o treino em si”, lembra Trivelato.
Sugestão de exercícios
- Aquecimento:
É aconselhável iniciar com alongamentos leves. “Nada muito exagerado, pois a musculatura ainda está fria”, orienta Trivelato. Exemplo:
- Movimentos circulares com o tornozelo.
- Movimentos circulares com os punhos.
- Alongamento dos extensores dos dedos das mãos.
- Alongamento das pontas dos pés girando para um lado e para o outro.
- Alongamento de ombros (rotação).
- Alongar peitoral, colocando os braços para trás e entrelaçando os dedos.
- Exercícios:
Algumas Variações possíveis
- Cruze a corda durante o salto, podendo passá-la para fora do corpo (na lateral) também.
- Salte em deslocamento para frente (andando).
- Salto duplo: deixe a corda passar duas vezes debaixo dos pés a cada salto.
- Após o treino:
Repetir os alongamentos leves.
Ficha Técnica:
Tipo de exercício: aeróbico.
Intensidade: alta
Gasto calórico: cerca de 300 calorias (1/2 hora)
Trabalha: capacidade cardio respiratória/músculos superiores e principalmente inferiores.
[1] Músculos localizados na região do posterior da coxa, na parte de trás dos membros inferiores.