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Intestino Saudável é a Chave para o Sistema Imunológico Forte

por Andrea Alves
INTESTINO SAUDÁVEL É A CHAVE PARA O SISTEMA IMUNOLÓGICO FORTE

Você sabia que um intestino saudável é uma arma poderosa contra qualquer organismo transmissor de doenças que entrar em seu corpo? Por isso a saúde do sistema digestivo é tão importante. Saiba o que fazer para fortalecê-lo

O sistema digestivo é o epicentro da nossa saúde. É de onde o corpo extrai nutrientes que farão parte do seu sistema de defesa imunológica. Funciona assim: o sistema processa o que comemos e extrai os nutrientes que serão distribuídos pelo resto do organismo. Portanto, quanto mais saudável o sistema digestivo, melhor a absorção dos nutrientes levados às células.

De acordo com a nutricionista clínica e esportiva funcional Carla Rossini, é no intestino que ocorre a absorção da maioria desses nutrientes. O intestino também é cheio de bactérias, uma colônia chamada microbiota, também conhecida como flora intestinal. “Cada indivíduo possui uma microbiota individualizada, que varia em número e espécies de bactérias e é influenciada por fatores como idade, genética, dieta, uso de medicamentos e estado da saúde.”

Mas o que isso tem a ver com a sua imunidade?

A qualidade das bactérias do sistema digestivo está diretamente relacionada à sua saúde geral. Quando está tudo bem as bactérias que habitam o intestino estimulam o sistema imune e, junto com a camada epitelial intestinal, formam uma barreira protetora do intestino. Mas quando essas bactérias entram em desequilíbrio, acaba prevalecendo a vontade das bactérias patogênicas (que podem causar doenças). São elas que vão provocar a disbiose intestinal, o desequilíbrio que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes e traz carência de vitaminas.

Durante a disbiose o intestino apresenta-se com focos de inflamação, tornando-se mais permeável e desprotegido.  Sem a devida proteção, compostos tóxicos começam a penetrá-lo até atingir a corrente sanguínea, resultando em uma série de doenças capazes de acometer as mais diversas áreas do corpo.

Protegendo a Flora Intestinal

Mas o que pode acarretar a prevalência das bactérias patogênicas sobre as bactérias “boas”?

Como já mencionamos, a sua microbiota atual é resultado de fatores como alimentos que ingere, meio em que vive, genética, nível de estresse, etc.

“A alimentação e o uso indiscriminado de alguns medicamentos (como antibióticos[1], corticoides, anticoncepcionais e anti-inflamatórios) são os maiores responsáveis pela alteração da flora intestinal, que pode se manter por até quatro anos. Com isso, há o domínio das bactérias patogênicas e de fungos, resultando no surgimento de patologias”, explica Carla.

Além disso, alimentos industrializados lotados de conservantes e agentes contaminadores também matam bactérias saudáveis, já que o objetivo desses conservantes é matar as bactérias que fazem a comida estragar. Mas quando entram no sistema digestivo acabam matando também aquelas que nos ajudam a nos manter vivos.

De acordo com Carla há uma infinidade de doenças associadas ao desequilíbrio da flora intestinal: obesidade, doenças inflamatórias intestinais, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, neurológicas e cânceres, entre outras.

“Por outro lado, a ingestão de uma dieta rica em frutas, legumes e fibras favorecem uma melhor colonização bacteriana com prevalência de microrganismos benéficos. Bem como de suplementos probióticos e prebióticos”, pondera a nutricionista.

Os Probióticos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde probióticos são “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do usuário.”

Carla explica que os probióticos, em conjunto com as bactérias benéficas já existentes, vão atuar contra as bactérias patogênicas, exercendo a sua ação de diferentes maneiras:

  • Digerindo os alimentos e concorrendo com os microrganismos patogênicos.
  • Alterando o pH local, criando assim um ambiente desfavorável para as bactérias maléficas.
  • Estimulando a produção natural da proteção da mucosa intestinal.
  • Concorrendo por aderência com os patógenos.
  • Modificando as toxinas das bactérias patogênicas.
  • Aumentando os níveis de células de defesa no corpo.

“Tudo isso torna a microbiota intestinal uma área de extensas pesquisas e com cada vez mais descobertas!”, conclui Carla.

Enquanto os cientistas trabalham para descobrir quão benéficas são as bactérias, criando programas de tratamento para problemas de saúde específicos, que tal colaborar com o seu intestino e ajudar o seu corpo a te ajudar?

Alimentos probióticos:

  • Iogurtes e leites fermentados, como kefir (que contenha um ou mais microrganismos vivos, como os lactobacilos e as bifidobactérias).

Alimentos prebióticos:

  • Frutooligosacarídeos

Concentrados em: cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja.

  • Inulina

Está presente: na raíz da chicória, alho, cebola, aspargo e alcachofra.

#fiqueemcasa #quarentena


[1] Quando o corpo é tomado por bactérias que nos deixam doentes os médicos receitam antibióticos. Eles podem ser úteis – às vezes precisamos mesmo deles – porque eles matam as bactérias que causam a moléstia, mas também matam as bactérias boas. Por isso não devemos pedir uma receita ao médico para qualquer coisa.

1 comente

CARLOS ROBERTO MACHADO 14 de maio de 2020 - 18:01

Muito Bom
Aliás ótimo.

Comentários estão fechados.

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