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Animais de Estimação: Conforto Emocional em Tempos de Pandemia

por Andrea Alves

Eles são uma fonte de amor e de apoio e podem ajudar a superar o confinamento. Mas também exigem dedicação, comprometimento e investimento. A decisão de adotar um pet não pode, jamais, ser leviana. Confira as nossas dicas de adaptação

O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus levou muita gente a procurar pela adoção de um animal de estimação. É uma ótima notícia, tanto para o bichinho quanto para o adotante, já que a convivência com o pet traz muitas vantagens físicas e psicológicas aos seres humanos. E para o animal adotado é a oportunidade de conhecer o amor e o aconchego de uma família.

É o que constatou Melissa Lehmann, voluntária da Organização Não Governamental (ONG) Gatópoles. “Com a pandemia pensávamos que as adoções fossem cair, mas foi o contrário. Somente em maio doamos 34 gatinhos (no mesmo mês do ano anterior haviam sido 21). E por estarem em casa os adotantes puderam acompanhar o processo de adaptação de perto.”

A psicanalista Gabriela Malzyner do Instituto Sedes Sapientiae confirma o efeito benéfico e terapêutico da convivência. “Nesse momento em que os vínculos sociais estão tão limitados é interessante a possibilidade de estabelecer um vínculo amoroso com outro ser vivo. Pesquisas mostram o benefício do convívio com os animais como forma terapêutica. Cavalos podem ser trabalhados assim, cachorros também. Acompanhei uma pesquisa com cães como acompanhantes no tratamento odontológico em crianças e pude comprovar que eles trazem apaziguamento e uma contenção de sofrimento muito salutar.”

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (National Institutes of Health)[1], a convivência com um animal ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e a combater a depressão e a ansiedade. A veterinária Ana Carolina Buzzo Lopes, da clínica da Cobasi Rebouças endossa. “Já foi constatado o efeito positivo em pessoas internadas que recebem a visita de seus animais. E o contrário também: quando um animalzinho é internado é muito importante a visita dos tutores.”

Mas é preciso saber o que implica adotar um animal de estimação. É o que lembra Maria Cristina Volpert, da equipe da ONG Clube dos Vira-Latas. Apesar de também ter constatado o aumento de adoções durante a pandemia, ela alerta que a decisão envolve comprometimento. “Um animal como o cão ou o gato dura em média 15 anos e a pessoa será responsável por ele durante todas as fases da sua vida. E é preciso dar um tempo para que se adapte à nova rotina da família. Mas com paciência e amor logo se sentirá seguro e feliz.”

“O pet não é um bicho de pelúcia, precisa de cuidados e paciência, alimentos de qualidade, vacinação. Eventualmente pode ficar doente e gerar gastos”, lembra Ana Carolina.  “Nunca adote por impulso. Assim evitará surpresas e traumas para ambos os lados.”

Melissa lembra também que é preciso incluir o pet nas mudanças de planos da vida. “Mudança de casa, de país, chegada de um filho, viagem, perda de emprego.”

Ela explica que hoje muitas ONGS aplicam critérios mais rígidos de seleção. “Para ser aprovado o adotante deve preencher estes critérios, importante para avaliarmos se o gatinho está dentro da expectativa. Por exemplo: o candidato quer um gato carinhoso, mas escolhe um arisco por sua beleza. Então orientamos sobre isso e outras dúvidas e temos uma voluntária para ajudar no pós-adoção.”

Mas, segundo ela, o empenho vale a pena. “Um animal adotado é uma ótima companhia com suas gracinhas e até com suas ‘artes’, fazendo todos rirem. E será eternamente grato, retribuindo com todo amor e carinho.”

Parabéns pela Adoção! Mas e agora?

Ana Carolina dá algumas dicas para os tutores também retribuírem o amor de seus queridos animais.

  • Procure se informar sobre comportamento e cuidados necessários antes da adoção. O ideal é ter o acompanhamento de um veterinário que explique as particularidades de cada espécie e avalie sempre a sua saúde.

Dicas da veterinária Ana Carolina Buzzo e de Maria Cristina Volpert (Clube dos Vira-Latas).

Para cães:

  • Filhotes são muito curiosos e tendem a colocar tudo na boca, portanto é comum a ingestão de corpos estranhos nessa fase, além do inconveniente de roerem móveis quando estão trocando os dentinhos.
  • É preciso paciência também no período do ensino de comandos até aprenderem aonde fazer as necessidades.
  • É importante o controle de ecto e endoparasitas (pulgas, carrapatos, vermes intestinais) que podem causar problemas tanto para o pet quanto para os humanos.
  • Não expor o cão a outros animais e passeios caso as vacinas não tenham sido terminadas.
  • “É importante tentar saber qual será o porte do filhote para decidir se o espaço será suficiente para o futuro cão adulto”, lembra Maria Cristina.
  • Tem piscina em casa? Mantenha coberta caso não haja grades que impeçam o acesso.
  • A identificação na coleira é fundamental em caso de fuga.

Todos em casa devem ajudar com a limpeza do local, banhos, passeios, alimentação, veterinário, etc.

Para gatos: 

Dicas da veterinária Ana Carolina Buzzo

  • Gatos não são tão independentes como algumas pessoas pensam. Nos primeiros dias alguns podem ficar assustados e escondidos. Tenha paciência até ele se sentir seguro.
  • Gatos têm necessidade de arranhar e marcar o território. É importante ter arranhadores e lugares que possam escalar e desenvolver as suas habilidades naturais.
  • O proprietário terá de colocar redes de proteção nas janelas e impedir rotas de fuga.
  • Gatos são muito limpos. “Não gostam e nem precisam tomar banho em pet shop ou em casa. Banhos podem inclusive causar danos à saúde devido ao alto estresse gerado. Ideal é escovar sempre para reduzir as bolas de pelos.”
  • É importante deixar a caixa sanitária em um lugar em que o gato se sinta seguro.

Adoção do mais velho

“Adotar um animal mais velho pode parecer trabalhoso, as pessoas pensam que ele já vem com costumes. Mas na prática estes animais se adaptam rápido e são muito gratos. E no caso dos cães você pula a fase do ‘roer móveis’. Se ele não for idoso ainda poderá brincar e os mais velhos tendem a ser mais calmos. Vai depender das necessidades do adotante na hora de escolher”, diz Ana Carolina.

  • As ONGS consultadas disponibilizam animais castrados, vermifugados e vacinados.

Seu companheiro está te esperando! Escolha-o aqui:

Clube dos Vira-Latas

www.clubedosviralatas.org.br

Gatópoles

www.gatopoles.com.br

#fiqueemcasa #quarentena


[1] https://newsinhealth.nih.gov/2018/02/power-pets

3 comentarios

Pets Conforto 10 de janeiro de 2021 - 17:40

Os animais tem um poder surreal de amor, carinho e respeito pelos seus donos e tem pessoas que não valorizam.
para os amantes de animais, gostaria de deixar um site de camas para pets, o site se chama pet conforto, seria um novo pet shop online.
cuide bem do seu amiguinho. #AmeiOPost

Mariana Silva 10 de janeiro de 2021 - 17:42

Pets conforto eu amei o site que você postou..
até fiz um pedido de uma cama para o meu pet
Super recomendo

Anderson 21 de janeiro de 2021 - 22:30

Gente, para quem está com dúvida no comentário acima do Pets Conforto – Pet Shop Online
É só clicar no nome dele ou acessar o site ”petsconforto . com”
Realmente, os preços do site são bons
Parabéns a equipe do pets conforto,Pet Shop Online

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