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Caminhe! A saúde agradece

por Andrea Alves
CAMINHE! A SAÚDE AGRADECE

A caminhada é excelente para os músculos e os pulmões. Veja como caminhar corretamente e desfrute dessa atividade que não custa quase nada

Por não exigir muita preparação física nem muito investimento (afinal bastam apenas um par de tênis e a roupa adequada), e trazer muitos benefícios, a caminhada é uma das atividades físicas mais recomendadas. Ela ajuda no combate à osteoporose e a perder peso, protege contra derrames e infartos. “Os dois grandes grupos de benefícios são o condicionamento físico músculo esquelético e o cardiopulmonar“, diz o médico João Paulo Berdamaschi, ortopedista especialista em cirurgia da coluna da clínica Atualli. No entanto, por mais simples que seja, a atividade requer alguns cuidados em sua prática. Veja as dicas dos especialistas e caminhe tirando proveito dessa atividade maravilhosa!

Quem pode e quem não pode:

Em geral não há contraindicação para caminhar, exceto para casos específicos, como explica o médico do exercício e do esporte Pablius Staduto Braga da Silva, do Hospital Nove de Julho. “Pessoas com problemas articulares no joelho, quadril ou tornozelo, para as quais a caminhada pode piorar o quadro. Ou ainda aquelas cuja contraindicação ao exercício físico é absoluta. Mas quase todas as pessoas são elegíveis à caminhada, não importando a idade ou tipo físico, podendo variar o tempo da caminhada e de descanso.”

Precisa de exame?

Berdamaschi explica que o indivíduo que não tem nenhum sintoma não precisa realizar exames. Já aqueles que têm algum tipo de sintoma de doença cardíaca ou pulmonar devem consultar um cardiologista para verificar se podem caminhar. Pessoas com dores musculares persistentes devem procurar um médico especialista.

Intensidade

“Obviamente há diferentes níveis de intensidade de acordo não só com a faixa etária, mas com a condição física. E a caminhada é indicada até mesmo para aqueles com patologias pulmonares, pois é o início de um condicionamento cardiopulmonar”, lembra Berdamaschi.

O especialista aponta outro erro comum de quem pensa que está praticando a atividade: achar que andar na rua, olhando vitrine, por exemplo, é o mesmo que fazer a caminhada como atividade física. “Isso não pode ser computado como tempo de exercício. A caminhada é considerada atividade física somente quando destinamos um tempo do nosso dia para realizá-la.”

O que usar:

O calçado adequado é um dos fatores mais importantes para uma boa caminhada e para não trazer problemas futuros. “Existem tênis com um bom sistema de amortecedor, ideais para a prática. Evite sapatos muito baixos, como sapatênis, rasteirinha, sapatilhas – calçados que dão a sensação de que o pé está muito próximo ao concreto, o que pode trazer fadiga muscular e das articulações. A chance de ter uma lesão nos pés com o calçado errado é muito alta”, adverte Silva, que também atenta para a roupa ideal, que deve ser leve e solta. “Se vai caminhar como forma de atividade física é essencial uma roupa que não prenda os movimentos. Use tênis e uma meia que possa absorver o suor.”

Clima:

Cuidado com o clima e fuja dos extremos: a caminhada não deve ser feita sob chuva, sol muito forte ou calor intenso.  Silva dá as dicas: “Opte pela manhã ou final da tarde. Temperaturas abaixo dos 10 graus também devem ser evitadas, pois a caminhada é um exercício leve e você pode não atingir a temperatura corporal ideal para equilibrar o aquecimento do corpo. Ar muito seco e umidade muito baixa podem trazer problemas respiratórios”.

Local ideal:

Não há restrições em relação ao local, mas o médico adverte: “Avenidas movimentadas e com muito trânsito não são saudáveis.” Que tal aquele parque, aquela rua tranquila ou a orla da praia?

Alimentação:

“Apesar de ser um exercício leve, a caminhada pede uma alimentação adequada, também leve, para ser bem executada. Nunca faça a caminhada em jejum”, completa Silva.

Berdamaschi lembra da hidratação, muito importante, mas sem exageros. “A hidratação é importante, de acordo com a temperatura e necessidade do indivíduo. Um dos medidores para a hidratação pode ser a urina. Se estiver muito escura é sinal de que estamos desidratados. Se estiver transparente, há hidratação em excesso. É um controle que podemos considerar”, conclui.

Agora que você já sabe o que fazer, não há mais desculpas. Partiu caminhar!

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