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Outubro Rosa e empoderamento feminino: o mesmo lado da moeda

por Leandro Ferreira

De um lado um termo que ganhou notoriedade na mídia e pautou diversas discussões nos últimos anos. Do outro, uma das campanhas de prevenção mais importantes e reconhecidas do mundo. Empoderamento e Outubro Rosa. Quando esses universos tão significativos para a sociedade se cruzam?

Em outubro usamos rosa

Criado no início da década de 90 durante a união de vários estados norte-americanos que desenvolveram ações sobre o câncer de mama, o movimento ganhou impulso no evento “Corrida pela Cura” em Nova Iorque, que visava angariar fundos para pesquisas conduzidas pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.

O laço rosa, símbolo usado na campanha, foi uma iniciativa da organização, que distribuiu o acessório aos participantes do evento, até que posteriormente, hospitais começaram a aderir aos programas de divulgação sobre a doença, distribuindo os laços pela cidade, tornando-o mundialmente conhecido.

Durante os anos 2000 o Brasil não ficou de fora e também foi palco de manifestações a favor da conscientização nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. No ano de 2002 na capital paulista, pela primeira vez, o Obelisco do Ibirapuera foi completamente iluminado com a cor rosa, que posteriormente se tornou um ato emblemático para a campanha.

Já em 2008, diversas organizações relacionadas ao câncer de mama se uniram para iluminar de rosa ícones emblemáticos do Brasil, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Desde então, vários pontos turísticos no país inteiro adotaram essa iluminação rosa em apoio ao Outubro Rosa.

Dados do câncer de mama no Brasil

O câncer de mama é a enfermidade mais comum entre as mulheres no Brasil, sendo superado apenas pelo câncer de pele.

Um levantamento inédito do Grupo Fleury, levanta uma questão importante de preocupação relacionada a esse tipo de câncer: a enorme incidência em mulheres jovens.

De acordo com o estudo, 37% das diagnosticadas com câncer de mama têm menos de 50 anos e 10% são mulheres abaixo de 40 anos. Índices parecidos aos divulgados por outras instituições nacionais, como os dados do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp- FMUSP), feito em 2022, apontam 35,8% dos tumores de mama em mulheres abaixo dos 50 anos, no período de 2015 a 2020.

De acordo com o estudo do Fleury, houve uma diminuição de 55% das mamografias em seus laboratórios espalhados no país durante o ano de 2020. Mas, de qualquer forma, a Sociedade Brasileira de Mastologia continua recomendando que o rastreamento mamográfico anual seja realizado a partir dos 40 anos.

O objetivo do Outubro Rosa 2023 é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

Ninguém solta a mão de ninguém

Com mais de 30 anos, o movimento do Outubro Rosa vai se adequando aos novos tempos e hoje, em 2023, já não é somente uma campanha destinada à prevenção do câncer de mama.

Na era da Internet e das redes sociais, virou símbolo de luta, resistência, autocuidado e claro, de empoderamento feminino, conceito que surgiu no século XIX e que se consolidou como um movimento que tem o objetivo de promover a força da mulher, por meio de uma maior participação na sociedade.

O empoderamento implica na liberdade de fazer escolhas pessoais, sem se limitar a padrões impostos. Mulheres empoderadas são aquelas que têm a liberdade para ser e fazer o que desejam, tanto em suas vidas pessoais quanto profissionais.

Logo, a luta a favor da vida das mulheres é o ponto de intersecção que une empoderamento feminino e a luta contra o câncer de mama. Isso significa que Outubro Rosa também aborda um lado que fala sobre amor próprio, saúde física e mental, bem como a realização dos desejos do indivíduo enquanto mulheres.

Dos anos 90 pra cá, muitos termos foram criados, mas uma coisa não mudou: a rede de apoio entre mulheres, o que hoje chamamos de sororidade, continua sendo fonte de inspiração.

Assim como as mulheres que, no passado, distribuíam laços cor de rosa para espalhar uma mensagem, hoje, graças à velocidade da Internet, podemos disseminar mensagens em uma escala muito maior. Não apenas sobre a importância da prevenção do câncer de mama, mas principalmente sobre a valorização da vida das mulheres. Isso nos permite criar uma comunidade ampla, onde as mulheres se educam, se cuidam e se apoiam mutuamente.

Afinal, Outubro Rosa também é sobre inspirar mais mulheres a serem a melhor versão de si mesmas. E para apoiar o maior número de mulheres a cuidarem da saúde e se empoderarem, a Tokio Marine Seguradora trabalha com um Seguro de Vida especial para mulheres que entende as particularidades de cada uma e oferece uma série de serviços que garantem mais saúde e bem-estar.

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