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Prevenção de Infecções Comuns no Brasil

por Andrea Alves
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES COMUNS NO BRASIL

Especialista esclarece sobre doenças infecciosas que acometem os brasileiros todos os anos. Veja como prevenir, quais os sintomas e o que fazer em casos de suspeita dessas enfermidades

Desde o início do ano o Covid-19, também conhecido como novo Coronavírus, monopolizou o noticiário internacional. Isso trouxe efeitos como grande preocupação por parte da população, disseminação de notícias imprecisas e até impactos na economia mundial. Claro que é muito importante saber como se prevenir do vírus, como falaremos mais adiante. Mas, com a chegada do outono e das temperaturas baixas, devemos estar atentos às diversas doenças infecciosas, cuja incidência de casos aumenta nessa época do ano.

Para se ter uma ideia, tivemos nos dois últimos anos o maior surto de febre amarela em décadas. “Todos os casos recentes foram adquiridos em matas silvestres ou em suas fronteiras com as zonas urbanas e transmitidos pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus”, esclarece oDr. Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Na impossibilidade de receber a vacina o especialista recomenda evitar essas áreas.

A vacinatem longa ação protetora, provavelmente por toda a vida. Ela é recomendada para todos os brasileiros, exceto crianças menores de seis meses[1], pessoas com imunodepressão; submetidos a transplantes de órgãos, pessoas com neoplasia e com história de alergias a substâncias presentes na vacina (como ovo de galinha).

Já a gripe Influenza é o nome da doença causada pelos vírus H1N1, H3N2 e o Influenza B². Costuma ser uma doença mais grave que o resfriado comum.

A transmissão do Influenza se dá da mesma forma que a do Coronavírus (ver abaixo).

Os sintomas da Gripe (influenza) podem ser muito parecidos com os apresentados pelo Covid-19 e de igual gravidade; porém com duas diferenças importantes:
1. Existe vacina para o vírus Influenza
2. Existe tratamento para o vírus Influenza.  

Somente o médico poderá diferenciar as doenças, solicitando exames laboratoriais necessários conforme avaliação de cada caso.

O que é o Coronavírus

É uma classe de vírus conhecida há mais de 50 anos e, juntamente com o rinovírus e adenovírus, é uma das mais frequentes causas de resfriados comuns em seres humanos. “Em algumas vezes, por passagens por outros animais, o vírus sofre mutações que, no ser humano, podem provocar doenças mais graves, como foi o caso da SARS, da MERS e agora o Covid-19”, diz Queiroz. (ver abaixo).

Entendendo o Coronavírus

De tempos em tempos o mundo é surpreendido pelo surgimento de novas doenças associadas às contaminações com vírus. Quando a OMS alertou sobre os primeiros casos do Covid-19, uma mutação desconhecida vinda da China, houve medo e desinformação. Mas não há motivo para pânico, como explica Queiroz. “A preocupação vem do fato de se conhecer pouco (até agora) sobre a doença e do fato da sua propagação pelo mundo ter sido muito rápida. Mas a taxa de mortalidade do Covid-19 não é grande (cerca de 2%)”.

Como pega?

O contágio acontece da mesma forma que o de outras gripes, (gotículas expelidas por alguém infectado[2], contato da mão em superfície contaminada seguido da mão na boca ou nos olhos).

Sintomas

Tosse, espirros, muito parecidos com os de outras gripes. Mas se houver febre alta e problemas respiratórios, é indicado procurar ajuda médica.

Tratamento

Assim como acontece com um resfriado comum, não há um tratamento específico. Trata-se os sintomas e, eventualmente, pode ser necessário utilizar intubação e ventilação mecânica.

Diagnóstico

Por meio do teste PCR – Reação em Cadeia de Polimerase – ou por eliminação (pesquisa da presença dos outros vírus que causam a gripe). “É importante essa triagem, porque a doença é muito parecida com outras gripes”, completa o infectologista.

Ficou doente? Não se desespere

Não é necessário procurar atendimento médico apenas se houver sintomas de gripe. “Mas se sentir febre alta e dificuldade respiratória, aí sim é recomendável ir ao hospital, já avisando sobre a suspeita na entrada para que lhe forneçam uma máscara e o atendimento seja diferenciado. É importante avisar também se já esteve em um país com transmissão ativa do vírus nos últimos 14 dias”, afirma Queiroz.

Diante da confirmação é recomendável o isolamento. “Sem visitas e em apenas um cômodo. Todo o material que for lixo contendo secreções desse paciente deve ser manipulado com luvas e jogado no lixo comum.”

Prevenção é a Melhor Arma

As medidas de prevenção são as mesmas para as diversas doenças virais:

  • Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, esfregando todos os cantos: entre os dedos, pulsos, palma, dorso, região interdigital, embaixo das unhas e o polegar, normalmente esquecido.
  • Na impossibilidade de lavar as mãos utilizar o álcool gel nos mesmos pontos das mãos citados anteriormente. Espere secar.

Máscaras

Devem ser usadas por:

  • Aqueles que estão doentes ou com suspeita de infecção (sintomáticos).
  • Profissionais de saúde que vão lidar com os doentes.
  • Familiares de doentes.

Obs: As máscaras devem ser usadas enquanto secas (cerca de duas a três horas). Quando ficam úmidas elas perdem a eficácia.

Etiqueta respiratória

Ao tossir leve a dobra do cotovelo à frente da boca. Evite as mãos.

Einstein Conecta

Orientação Médica Online

Em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein a Tokio Marine disponibiliza o Serviço de Orientação Médica Online para os segurados do Vida Individual. Ele permite ao Segurado acessar direto do computador ou celular quando precisar de orientação médica em caso de indisposição, incluindo sintomas gripais.

Um dos grandes diferenciais deste serviço é a diminuição do risco de contaminação em casos de surtos de doenças contagiosas, como o novo Coronavírus, uma vez que não há a necessidade da exposição do paciente em um Pronto Atendimento.


[1] Crianças devem receber uma dose após os nove meses e repetir a vacinação aos quatro anos. Para os adultos a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza uma única dose (para quem não foi vacinado na infância).

[2] A distância recomendada pela Organização Mundial de Saúde é de 1 (um) metro do possível portador do vírus.

1 comente

Julia de Catro Silva Ivo 25 de março de 2020 - 18:03

Parabenizo pelas infirmacoes aqui contidas. Nunca fui de querer entender ou procurar entender sibre doenças e tambem nunca procurei ,por qualquer motivo, médicos eram apenas os exames de rotina. Hoje, ja penso diferente, ja gosto de entender e bou mais aos médicos. Graças a Deus minha família tem boa saúde.

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