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Saúde Mental na Adolescência: 10 dicas para ajudar a promover o bem-estar dos jovens

por Leandro Ferreira

Hábitos saudáveis e comunicação aberta com a família podem auxiliar os jovens a terem uma saúde mental mais equilibrada e uma vida social mais ativa.

Em tempos de redes sociais com disseminação de discursos cada vez mais violentos, fake news e tragédias constantes envolvendo páginas de fofocas, é dever de todos nós, nos atentarmos com questões relacionadas à saúde mental, principalmente quando falamos dos mais jovens.

De acordo com dados do Panorama da Saúde Mental, ferramenta de monitoramento criada pelo Instituto Cactus, entidade filantrópica, em parceria com a AtlasIntel, os jovens brasileiros de 16 a 24 anos estão entre os mais afetados por problemas de saúde mental, resultando em consequências como baixa autoestima, isolamento social e conflitos familiares.

Participaram do estudo 2248 jovens, os quais cerca de 400 pontuaram de 0 a mil, ao responder perguntas sobre confiança, vitalidade e foco, em um índice criado para expressar de forma numérica algumas das múltiplas dimensões que impactam positiva e negativamente a saúde mental de cada um.

A maioria (78%) relatou ter se sentido feio ou pouco atraente ao menos uma vez nas últimas duas semanas anteriores à data da coleta. Grande parte (73%) também relatou se sentir pouco inteligente e quase metade (45%) afirmou não ter saído com amigos no período.

O estudo avalia que as percepções estão associadas a questões importantes de saúde mental, já que aqueles que reportaram baixa autoestima também demonstraram baixo interesse e prazer nas atividades do dia a dia (80%), e a sensação de cansaço e a falta de energia (90%). Além disso, uma parcela indicou ter brigado com seus familiares no período indicado (70%).

Como em uma grande bola de neve, a falta de tratamento adequado para problemas de saúde mental, infelizmente reflete em dados mais alarmantes: o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens brasileiros entre 15 e 29 anos, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A maioria consiste em homens negros, entre 15 e 29 anos, e aproximadamente 96,8% dos casos de suicídio nessa faixa etária estão associados a transtornos mentais, sendo a depressão a condição mais prevalente, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de drogas. Além disso, fatores como desemprego, sentimentos de vergonha, desonra, desilusões amorosas e histórico de doenças mentais também são identificados como elementos de risco significativos para o suicídio.

Vários fatores podem estar associados a esses resultados, principalmente quando falamos sobre os hábitos desses jovens. De acordo com dados do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia):

  • A faixa etária de 18 a 24 anos apresenta uma das taxas mais baixas de consumo regular de frutas, com apenas 33,5% incorporando esses alimentos em sua dieta cinco vezes ou mais por semana. No que diz respeito às verduras e legumes, 39,2% dos jovens consomem esses itens na frequência recomendada.
  • O consumo de refrigerantes ou sucos artificiais, indicativo de uma alimentação não saudável, destaca-se nesse grupo, registrando a maior prevalência entre todas as faixas etárias, com 24,3% consumindo essas bebidas com frequência (cinco vezes ou mais por semana).
  • Quanto à prática de atividade física, apenas 36,9% dos jovens dessa faixa etária atendem à recomendação da OMS de 150 minutos por semana.
  • Por outro lado, esses jovens lideram em tempo de tela, com 76,1% utilizando dispositivos como celulares, tablets ou televisão por três horas ou mais diariamente para lazer, além do tempo dedicado a atividades como trabalho ou estudo online.
  • O sono também é afetado, com aproximadamente metade dos jovens (54,2%) não alcançando a quantidade de horas recomendadas para a idade, que é de 7 a 9 horas por dia, conforme a National Sleep Foundation.

A ajuda começa dentro de casa

A saúde mental é uma parte fundamental do bem-estar e desenvolvimento dos jovens e é crucial que os pais ofereçam apoio e compreensão aos filhos que enfrentam problemas nessa área. Trouxemos 10 dicas que podem ajudar pais e filhos a desenvolverem uma relação de mão dupla, estabelecendo um local seguro, onde os jovens possam compartilhar suas angústias.

  1. Comunicação aberta

    Estabeleça um ambiente onde os filhos se sintam à vontade para falar sobre seus sentimentos e preocupações e esteja disponível para ouvir sem julgamento e sem pressionar por respostas imediatas.

  2. Educação sobre saúde mental
    Entenda quais são os problemas de saúde mental para poder oferecer apoio de maneira mais eficaz. Compartilhe informações relevantes com os filhos de maneira acessível, para que eles também possam entender o que estão enfrentando.

  3. Busca de ajuda profissional
    Incentive a busca por ajuda de profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras ou terapeutas e auxilie na marcação de consultas e apoie durante o processo de tratamento.

  4. Acompanhamento consistente
    Mantenha um acompanhamento regular sobre o progresso do tratamento e esteja presente durante as sessões, se possível e mostre interesse genuíno no processo de cura e na jornada dos filhos para a recuperação.

  5. Criação de rotinas saudáveis
    Estabeleça rotinas diárias consistentes, incluindo uma boa alimentação, exercícios e horas adequadas de sono.

  6. Promoção do autocuidado
    Ensine estratégias de autocuidado, como a prática de técnicas de relaxamento, meditação ou hobbies que proporcionem bem-estar emocional.

  7. Redução do estigma
    Promova uma mentalidade aberta e informada sobre saúde mental para ajudar a reduzir o estigma associado a essas questões e incentive a empatia e a compreensão nos relacionamentos familiares e sociais.

  8. Monitoramento atento
    Esteja atento a mudanças de comportamento, sintomas ou sinais que possam indicar a necessidade de intervenção. A detecção precoce e a abordagem proativa podem fazer a diferença no tratamento.

  9. Incentivo à socialização
    Estimule a participação em atividades sociais e o fortalecimento das relações interpessoais, pois manter conexões sociais pode contribuir para a saúde mental.

  10. Aceitação e apoio contínuo
    Demonstre amor incondicional e aceitação, independentemente dos desafios enfrentados pelos filhos. Ofereça apoio contínuo, mesmo quando as coisas estiverem melhorando, pois a jornada para a saúde mental é muitas vezes contínua.

É importante notar que cada pessoa é única, e as estratégias que funcionam podem variar. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando dificuldades emocionais, por favor, busque ajuda profissional imediatamente. Ligue para um serviço de prevenção ao suicídio (através do número 188) ou consulte um profissional de saúde mental.


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