O que é a AIDS
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus HIV e ataca o sistema imunológico, deixando o indivíduo sujeito a doenças oportunistas. O portador do vírus HIV pode viver durante muitos anos sem que a Aids (que se caracteriza pelo surgimento dos sintomas) se desenvolva.
O dia 1o de dezembro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987 como o Dia Mundial da Luta Contra a Aids, com o objetivo de alertar a população para a importância da prevenção e de combater o preconceito que cercava a doença.
A Aids não tem cura, mas o seu tratamento evoluiu muito desde 1982, quando surgiu o primeiro caso no país. Foi um caminho difícil. A doença era sinônimo de morte rápida e os pacientes ainda tinham de suportar o medo e o preconceito, originários da falta de informação. “Houve uma mudança desde a década de 80, quando a mortalidade era de 100%. A mudança significativa ocorreu depois do surgimento dos antivirais”, conta o Dr. Paulo Olzon, clínico e infectologista da UNIFESP.
O descobrimento de novos remédios na década de 90, além da política de distribuição de medicamentos adotada no Brasil, fez com que o cenário mudasse e os pacientes passassem a viver mais e melhor. De lá para cá houve um avanço significativo nos antivirais. Hoje, se o paciente leva o tratamento a sério, pode ter uma grande expectativa de longevidade.
Tratamento não é Cura
Mas apesar da internet e do acesso às informações ter aumentado, houve uma diminuição nas campanhas preventivas e o número de casos cresceu na última década, como explica Olzon.
“Antigamente existia um verdadeiro pavor, em função da gravidade que a AIDS apresentava. Falava-se a respeito quase todos os dias na mídia. Hoje as pessoas relaxaram e raramente se fala da doença.”
Outra coisa que mudou, de acordo com Olzon, foi o grupo mais afetado pela doença. “No início dos anos 80 a população mais atingida era a de homossexuais. Hoje é a dos jovens e adolescentes, pois grande parte não usa preservativos e não tem medo de contrair o vírus. Houve inclusive o aumento das outras DSTS, como a sífilis. Outro grupo que vem aumentando é o de pessoas na faixa acima dos 60 anos, muitas vezes resistentes à camisinha.”
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A melhor arma contra a AIDS: prevenção
Apesar das conquistas o problema não está resolvido. “O tratamento não é simples e pode causar muitos efeitos colaterais” adverte Olzon.
Portanto a prevenção ainda é a melhor arma contra a Aids. Usar preservativo em todas as relações sexuais. Hoje há remédios prescritos para diminuir o risco de se contrair o vírus, quando o preservativo rompe, por exemplo. “No caso dos parceiros monogâmicos que não querem usar a camisinha é importante que se faça o exame”, diz o médico.
Em caso de comportamento de risco não tenha medo de fazer o exame: o diagnóstico precoce é decisivo no sucesso do tratamento. Hoje há kits para exame à venda até nas farmácias, além de testes mais rápidos nos laboratórios.
Boa notícia: a significativa diminuição nos casos de transmissão da mãe para o feto (transmissão vertical), graças ao tratamento à gestante soropositiva. O que só reforça a importância dos exames pré-natais.
Sem preconceito
A Aids não impede o soropositivo de viver a vida – mas o preconceito pode prejudicar a vida dessas pessoas. Aids não se pega com beijo, abraço, aperto de mão ou qualquer demonstração de afeto.
E vale lembrar: discriminar um portador de HIV é crime – (Lei 12984 de 2014)[1].
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[1] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12984.htm